domingo, 28 de março de 2010

FOTOGRAFIA

Quando enfim, findar-me o dia
não me transformarei em pó;
decompor-me-ei em palavras, sons
nas mais variadas fontes
manuscritas, digitadas
Estarei viva
nos olhos de quem lê,
na língua dos que soletram-me
e nos sinais gráficos que agora decifras.
Eu sou o poema que agora lês,
a curvatura das letras,
as reticências...
O ponto final.

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