segunda-feira, 14 de outubro de 2013
HISTÓRIA DE UMA GATA
Foi escolhida por sua mansidão. Pequenina, flocada, apenas 5 meses de vida.
Durante o tempo em que teve um lar, caçou cinco ratos.
Foi ficando “mocinha”; e por ser namoradeira, chamavam-na de Flor.
Com o tempo, o pequenino da casa definiu seu nome, passando a ser definitivamente chamada Bibi.
Bibi ficou prenha, pariu seis gatinhos. Apenas um da ninhada sobreviveu.
Assim eram os dias de Bibi: pegava uma lagartixa ali, uma barata, saltitava pelos muros, ia à casa do vizinho, espiava a rua...
Seus donos, assim como Bibi, não tinham casa própria. E sem escolha, tendo que partir a outro imóvel, não podiam permanecer com ela. O dono do imóvel não aceitara.
Tristes e sem opção, se perguntavam: Com quem deixa-la? Ninguém se habilitava.
Por fim, resolveram um lugar “mais seguro.” Para os mais otimistas, uma pequena savana na cidade. Mas tratava-se de um cemitério de gatos vivos e tristes. Veterinários e biólogos para alimentá-la, estudá-la , castrá-la por toda a vida.
Quantos bichanos haviam por ali... Bibi seria mais uma.
Levada dentro de uma bolsa, assim foi enterrada Bibi: viva e sem cova.
(Cecília Villanova)
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